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Uma Preocupação de Pastor

  • Por: C. J. Mahaney
  • 8 de abr. de 2016
  • 5 min de leitura

Faz quase dois mil anos que Paulo escreveu esta carta, mas 1 Timóteo 2.9 continua a ser uma preocupação pastoral. Hoje, a questão é mais o uso de roupas imodestas e sensuais do que ostensivas. Roupas imodestas têm um potencial maior para distração na nossa igreja e na nossa cultura. E abordar esse tema não é nada fácil. Estou consciente do risco que estou correndo de ser mal-entendido, ofender as pessoas ou fazê-las sentir-se como se eu as estivesse julgando ou acusando ao tratar desse assunto.

Gostaria que você notasse que não escrevo como um crítico autode­nominado. Sou simplesmente um pastor preocupado, que acha que grande parte das mulheres cristãs que se vestem de forma imodesta é ignorante da guerra diária que os homens travam contra a luxúria. Elas provavelmente não têm a menor ideia do que se passa na cabeça dos homens e do efeito que seu corpo tem sobre os olhos e o coração dos homens.

Mas desejo que ninguém permaneça ignorante depois de ler este capítulo. É por isso que quero que você leia o depoimento de dois jovens representando muitos outros. Espero que suas lutas e tentações—não ex­clusivas a esses jovens, mas comuns aos homens em geral—a motivará a buscar modéstia e sobriedade, na maneira como se veste, em benefício dos seus irmãos em Cristo. Primeiramente, um dia na vida de um estudante universitário que busca pureza:

“Cada dia no campus é uma guerra—uma guerra contra meu pecado, uma guerra contra a tentação, uma guerra contra minha mente corrupta. Diari­amente, pela manhã, peço a Deus misericórdia, força e que renove minha determinação de fugir da luxúria juvenil. O Espírito é fiel para trazer a renovação da qual necessito e me prepara para a guerra contra o pecado, mas a tentação ainda existe.

Agradeço a Deus por ter me criado para me sentir atraído por mulheres; porém o campus é um campo minado. Há meninas por toda parte, e sempre passo por várias meninas bonitas enquanto caminho até minha sala de aula. Para conseguir chegar ao fim do dia ileso, tenho que manter a cabeça ocupada—orando, recitando versículos da Bíblia, ouvindo música cristã ou olhando para a calçada. Às vezes, essas quatro coisas são necessárias.

O que as mulheres parecem não compreender é que a tentação da luxúria nunca para—é contínua, agressiva; faz tudo que pode para levar os homens a sucumbir. Eles têm a escolha de contribuir para isso ou evi­tar que aconteça. Às vezes, quando vejo uma mulher vestida de forma provocativa, digo para mim mesmo, “Provavelmente, ela não sabe que 101 homens vão devorá-la mentalmente hoje. Mas talvez ela saiba”. Para ser sincero, não sei qual é a verdade—a verdade por que ela escolhe se vestir da maneira como se veste. Tudo que sei é que a maneira como ela se apresenta ao mundo é uma isca para minha mente pecaminosa, e devo evitá-la a todo custo.

Em geral, a igreja serve como um refúgio da contínua avalanche de tentações. No entanto, os membros da igreja não estão livres do pecado, e há jovens—algumas ignorantes e outras conscientes das inclinações pecaminosas dos homens—que se vestem com imodéstia. Devo admitir que, muitas vezes, mesmo a igreja pode ser um campo minado.

Às meninas que são ignorantes: por favor, sirvam a seus irmãos em Cristo e peçam que seu pai examine seu guarda-roupa. Perguntem a ele como você pode escolher a santidade em vez do mundanismo. Ele é homem e conhece as tentações que os homens enfrentam.

E às jovens que não seguem o padrão do mundo: um milhão de agradecimentos. Vocês estão seguindo os mandamentos da Bíblia e ao mesmo tempo ajudando seus irmãos. Apesar de tudo que os homens pie­dosos estão fazendo para derrotar o pecado da luxúria, ainda precisamos de ajuda e precisamos da ajuda de vocês.

Admiro a luta desse rapaz em busca da santidade. E repito seu agradecimento a todas as mulheres que escolhem se vestir modestamente—um milhão de agradecimentos. Vocês estão verdadeiramente servindo aos seus irmãos em Cristo mediante sua obediência à Palavra de Deus.

Como mulheres cristãs na igreja, você pode ser uma bênção ou uma distração, como o segundo jovem explica:

"O único local onde eu pensaria não ter que enfrentar tantas tentações é a igreja, mas não é bem assim. Quando mulheres com quem tenho amizade se vestem de forma imodesta, isso tem um impacto negativo sobre nossa amizade. Quando uma mulher se veste de forma imodesta, fica mais difícil enxergá-la como uma irmã em Cristo. Há uma constante guerra sendo travada enquanto converso com ela. A comunicação se torna complicada, porque, enquanto estou tentando conversar com ela, estou lutando contra as tentações. Acho que algumas mulheres não sabem que até pequenos detalhes podem distrair os homens: mostrar uma parte da barriga, usar bolsas cujas alças passam por entre seus seios, etc.

Sou grato pelas amizades que Deus me deu com mulheres piedosas na igreja. Tenho uma grande apreciação pelo sacrifício que elas fazem para glorificar a Deus e servir aos homens na igreja. Uma garota me contou que estava fazendo compras e tinha gostado muito da blusa que tinha provado, mas então pensou, “Não, não posso fazer isso com os caras”. Essa foi a primeira vez que ouvi algo parecido, e sou muito grato por sua atitude. É uma bênção ter amigos que se importam comigo o suficiente para serem altruístas e sacrificarem algo a fim de me ajudar e ajudar outros homens que lutam contra a cobiça sexual.

Quando as mulheres se vestem de maneira modesta, acho isso interessante e quero passar mais tempo com elas. Acho que a modéstia é algo atraente e muito útil nas amizades, porque facilita uma amizade focada em Deus, para que a comunhão não seja prejudicada.

Homens piedosos acham a modéstia atraente. Eles admiram mulheres que se vestem com sobriedade e moderação. São gratos pelas mulheres que lhes servem, ajudando-os na luta contra a tentação da luxúria."

Após ouvir sobre as lutas desses dois rapazes, uma jovem escreveu para mim:

"Eu tinha uma vaga noção de que os homens são mais influenciados por aquilo que veem nas mulheres, mas nunca tinha me dado conta de quão forte a tentação era. Agora que sei um pouco do que os homens enfrentam todos os dias, tenho um desejo fervoroso de servir aos meus irmãos em Cristo. Quero fazer da igreja um refúgio para eles.

Graças à supervisão dos meus pais, não acredito que eu me vista de maneira imodesta. Mas muitas vezes critico minhas roupas, tentando descobrir como posso “fazer o melhor com aquilo que tenho” para chamar a atenção dos rapazes. Depois de ouvir seu sermão, não desejo mais me vestir de forma imodesta; pelo contrário, me preocupo em proteger meus irmãos em Cristo e ajudá-los a caminhar com Deus. Não quero que minhas roupas ou meu comportamento os distraia de Deus."

Espero que esse desejo fervoroso de servir a seus irmãos em Cristo se torne uma característica de todas as mulheres na igreja. Mas a igreja tam­bém deve ser um local para receber não-cristãos que se vestem de maneira imodesta, sem que sejam julgados com moralismo. Entre as mulheres cris­tãs, aquelas que se vestem de forma imodesta devem ser advertidas gra­ciosamente—não por pessoas moralistas tentando impor suas preferências pessoais, mas por aqueles que se julgam pecadores e supõem ignorância por parte das mulheres que se vestem de maneira imodesta. A modéstia não é uma responsabilidade exclusiva do pastor e da sua esposa, mas uma responsabilidade coletiva de todos os membros da igreja.

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Extraído do capítulo “Deus, Meu Coração e as Roupas” escrito por C. J. Mahaney no livro “Mundanismo, como resistir à sedução de um mundo caído”, © 2010. Usado com permissão da Editora Tempo de Colheita, Niterói – RJ. www.tempodecolheita.com.br


 
 
 

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